Sempre que vou para Buenos Aires de cara já me dou conta por que a cidade leva este nome. Ao sair de Ezeiza quase sempre tenho sobre minha cabeça um “ciel azul” lindo e uma temperatura espetacular – obvio que não estou falando do verão. Mas é rodando pelas ruas da cidade que confirmo esse bem-estar que sinto.
Falando especificamente de moda, uma proposta chique e ao mesmo tempo descolada que a torna mais leve, porém com a tradicional influência do estilo e corte europeus. Talvez seja fruto da influência da Espanha e Itália na colonização dessa bela cidade, ou mesmo da França e Inglaterra como podemos observar em várias edificações. Fato é que Buenos Aires é o máximo mesmo que não seja a cidade de outrora; portenhos com postura empinada e voz rouca (até um chefe que tive holandês comentou que os homens de lá eram mais “machos”); mulheres maquiadas ou mesmo “peruerrímas” e bronzeadas na Costa Uruguaia, quando chega o verão. Os vários “Palermos” é uma comprovação disso tudo: hotéis butiques e cafés de charme surpreendentes, lojas de deixar qualquer consumista, como eu, louco para comprar um modelo de cada cor, e restaurantes cheios de bossa com tudo o que você tem direito: sim, se não estiver hospedado no Faena, jante no restaurante decorado por Philippe Starck!
Aproveite que o friozinho está chegando e caso vá esquiar no hemisfério sul, passe um weekend em Bs.As e faça aquelas comprinhas. Aí vai uma dica para você que adoro cashmere.
Das passarelas internacionais de moda para o mundo dos negócios, Iván de Pineda se juntou com duas amigas, Maria Montalembert e Eleanor Tanoira, para criar a Bully, loja especializada em cashmere.
O cashmere é considerado como melhor dos tecidos quando qualidade é o assunto discutido. Tornou-se uma marca em si mesma e percebida em todo o mundo com os mesmos atributos de qualidade e de tecido de alto custo. Até poucos anos foi considerado apenas como um produto de luxo e de tradição transmitida de geração a geração como uma relíquia familiar. Hoje, o cashmere passa por um processo de democratização, tanto nos EUA como na Europa, e é apresentado como um produto acessível e “a la mode”!
A moda argentina deu um salto interessante à partir do ano 2000 com o surgimento de marcas e designers locais bacanas. Por outro lado, os hábitos de consumo dos próprios argentinos mudaram, absorvendo uma proposta local, inovadora e diferente. É neste contexto que a Bully aposta que o consumidor argentino compreenda e use o seu produto de qualidade e preço altos. Caso eles não entendam, que nós brasileiros aproveitemos seu empreendedorismo!
A marca, que tem a figura de uma “gallina” como seu logo, produz seus produtos na Mongólia Central, o berço do cashmere. É lá onde são comprados os fios, fazem-se os tingimentos e produção de casacos, lenços e cobertores. Os casacos da Bully têm um corte clássico, mas se foca nos detalhes e por isso usa faixas e manchas, bordados, etc. A proposta de Bully é misturar opostos: masculino e feminino, o antigo e o novo. Desta forma, marca mistura um cardigan de cashmere com um vestido para a noite, ou mesmo combinar os velhos Jeans com um sweater clássico de cashmere. A coleção tem pashminas, cobertores, casacos, lenços para homens, mulheres e crianças. Obvio, em Palermo!
Endereço: Guatemala 4533 – Palermo – Buenos Aires
web page: http://www.thisisbully.net
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